Se você é um ciclista experiente, ou mesmo iniciante, e está procurando por peças para montar a sua nova bicicleta, ou melhorar uma que já possui, com certeza já ouviu falar em duas das maiores marcas do ciclismo: Shimano e SRAM. Ambas trabalham com sistemas de transmissão para bicicletas, produzindo marchas, freios, cassetes e muito mais.

Hoje, especificamente, falaremos sobre a marca SRAM, e o seu modelo de câmbio SRAM X5. Analisaremos nos detalhes a sua qualidade, contando com as tecnologias aplicadas em sua criação, os materiais usados e o uso mais adequado desse modelo.

Portanto, se deseja aprender mais sobre o modelo em questão e, de quebra, ainda entender um pouco sobre como as tecnologias e os materiais influenciam no resultado final do produto, você veio ao lugar certo. Leia até o final para que não restem dúvidas e você possa realizar as suas compras de maneira segura e com confiança nos componentes que está adquirindo!

Conheça a SRAM

Conhecida como uma das maiores marcas do ciclismo no mundo inteiro, a SRAM possui a sua história enraizada no ciclismo. Se quiser conhecer melhor sobre a SRAM, confira o nosso outro post onde falamos sobre a maioria dos grupos da empresa, e explicamos um pouco mais sobre ela!

Leia também o nosso artigo sobre a Hierarquia SRAM.

Bike equipada com câmbio SRAM GX. Foto de Daniel Stuben, Unsplash

Sendo uma das competidoras mais acirradas de outra grande marca, a Shimano, a SRAM possui diferentes grupos que fazem frente, por assim dizer, aos grupos Shimano. Usando tecnologias e designs diferentes, esses grupos atendem desde ciclistas iniciantes até os mais experientes. Abaixo falaremos sobre o grupo em questão nesse artigo, o SRAM X5.

SRAM X5

O grupo SRAM X5 não está presente como um grupo específico no site da fabricante, apesar do site possuir três produtos dentro da linha X5: câmbio traseiro, pedivela e passador de marchas. Porém, o grupo SRAM X5 faz equivalências ao Shimano Deore ou o Alivio, um modelo de entrada da linha profissional e um dos mais avançados das linhas de entrada, respectivamente.

Pedivela SRAM X5. Imagem retirada do site da SRAM.

Portanto, esse é um grupo próximo aos de maior rendimento das fabricantes, o que já torna o modelo algo a ser cobiçado. Porém, não basta falarmos a sua categoria, então falaremos agora sobre suas tecnologias e usos indicados.

Câmbio traseiro SRAM X5

Assunto principal desse post, falaremos completamente sobre a peça em questão.

Câmbio traseiro SRAM X5. Imagem retirada do site da SRAM.
Câmbio traseiro SRAM X5. Imagem retirada do site da SRAM.

Tecnologias SRAM grupo X5

A SRAM utiliza três tecnologias principais na construção desse modelo de câmbio do grupo X5: a 1:1 Actuation, Direct Route a Exact Actuation. Enquanto a 1:1 Actuation promove maior controle sobre a sua bicicleta, funcionando na proporção entre o quanto o cabo de freio é apertado e o quanto ele, de fato, responde ao comando; como o nome já diz, essa proporção é de um pra um. A Direct Route funciona facilitando as trocas de câmbio, realizando o processo de maneira mais leve.

Componente do grupo Force, também com a tecnologia Exact Actuation. Imagem retirada do site da SRAM.

Já a Exact Actuation atua evitando impactos dentro do sistema de transmissão, trazendo um design específico. Menor em tamanho, mas ainda muito potente: com um espaço menor para as engrenagens, o sistema é muito mais preciso e sua atuação é, como o nome já diz, exata. Isso proporciona uma utilização simples e fácil, e ainda garante a durabilidade do seu produto.

Materiais usados

Uma característica importante a se levar em conta em qualquer peça para a sua bike é no seu material. Afinal, ele irá ditar o peso, a resistência e a durabilidade do seu produto. Os materiais mais utilizados hoje em dia são o alumínio, o aço, e a fibra de carbono.

No modelo X5 da SRAM, o câmbio traseiro possui o seu cage construído em alumínio e aço, enquanto o rolamento é em aço, material padrão. Esse conjunto proporciona uma boa durabilidade e resistência à peça, sem comprometer o seu peso, que é de menos de 300 gramas.

Outras características

Agora, traremos algumas características importantes que ainda não foram ditas. A peça em questão é compatível com diversos outros modelos, sendo possível utilizá-la com componentes de 7, 8, 9 e/ou 10 velocidades. Portanto, se trata de um modelo bem variável, aceitando diversas montagens.

Sistema de engrenagens para a corrente e a troca de velocidades. Foto de Harvey Tan Villarino, Pexels.

O seu cage é considerado longo, ou seja, é um pouco maior do que outros modelos que são médios ou curtos. A sua pedivela possui movimento central integrado com 2 ou 3 coroas, e número máximo de dentes entre 34 e 36. Isso já proporciona uma grande diferença em relação aos modelos anteriores (x4 e x3).

Usos mais indicados

Esse modelo, assim como todos os outros, possui um tipo de uso mais indicado. Isso é, possui suas limitações e capacidades, e foi feito pensando em uma modalidade específica, o que não exclui a possibilidade de ser utilizado em outras modalidades.

Esse modelo, ainda que seja considerado um grupo de entrada da SRAM, é pensado para o uso em trilhas e montanhas, ou seja, foi feito para o MTB. As bicicletas feitas para o mountain bike precisam ter resistência, durabilidade e proporcionar um bom controle ao ciclista, passando por obstáculos com facilidade.

Ciclista praticando MTB. Foto de Tim Foster, Unsplash.

Como esse é um grupo de entrada, ele pode não aguentar trilhas tão pesadas e não garantir o melhor dos desempenhos. Porém, irá aguentar com tranquilidade uma trilha leve e alguns terrenos mais acidentados.

Aguentando tudo isso, é claro que o modelo também irá servir para a prática de bike estrada ou urbana, apesar de não possuir as melhores características para essas modalidades.

Comparativo entre Shimano x SRAM

Agora, pensando na sua melhor opção para compra, traremos dados comparativos entre a SRAM e a Shimano.

Como já foi dito, o grupo X5 é comparado aos Alivio e Deore, sendo mais próximo do Alivio, por serem ambos grupos de entrada, enquanto o Shimano Deore é um grupo intermediário.

Câmbio Shimano Alivio, 9 velocidades. Imagem retirada do site da Shimano.
Câmbio Shimano Alivio, 9 velocidades. Imagem retirada do site da Shimano.

Enquanto alguns preferem o modelo da Shimano, o Alivio, a maior parte das reviews apontam para uma superioridade da SRAM X5.

Isso ocorre pois o modelo possui 2 coroas, em comparação a outros grupos de entrada que possuem apenas uma coroa, além de ser uma configuração em 10 velocidades, enquanto o seu concorrente da Shimano possui apenas 9.

Câmbio X5 SRAM, com 10 velocidades. Imagem retirada do site da SRAM.
Câmbio X5 SRAM, com 10 velocidades. Imagem retirada do site da SRAM.

Reviews de compradores

Ciclistas que já utilizaram o sistema em questão apontam para o fato de que o grupo possui muitas características de grupos superiores e, durante o uso, proporcionam a sensação de que, de fato, você está com um grupo de ponta, e não com um de entrada.

Assim, o grupo dá conta de quase qualquer trilha e obstáculo posto em sua frente.

Ciclistas praticando mountain bike. Foto de Sebastian Marx, Unsplash.

Apesar disso, ainda é citado que a troca de marchas pode não ser tão rápida quanto esses grupos, mas ainda não deixa a desejar, sendo superior a de outros modelos de entrada.

Ainda é falado sobre o seu design, que traz ainda mais essa sensação de que o grupo é um dos melhores das linhas da SRAM.

Portanto, esse grupo é tido como um dos que vai abrir as portas para ciclistas que desejam um grupo que funcione muito bem, trazendo a sensação de que está utilizando um dos melhores componentes possíveis da fabricante.

Além disso, traz, à preços mais acessíveis, a configuração de 2×10, uma característica mais avançada, que não está normalmente em grupos de entrada.

Conclusão

Portanto, se o seu objetivo é possuir um sistema de transmissão que consiga dar conta da maioria dos obstáculos e ainda possuir um design e sensação de grupos de ponta, o X5 pode ser uma ótima opção. Ótimo para a prática de MTB como o cross country.

Ciclista praticando MTB. Foto de Gioele Fazzeri, Pexels.

Além disso, o seu preço é mais baixo do que outro grupo ao qual é comparado, o Shimano Deore, e outros grupos com 10 velocidades.

Portanto, torna-se uma das melhores opções em relação custo benefício para quem deseja a configuração de 2×10; e uma das únicas em grupos de entrada.

Esperamos que esse post tenha te ajudado a entender melhor sobre a tecnologia usada nesse modelo, e as suas vantagens e desvantagens. Se gostou do conteúdo, não deixe de visitar nossa página, onde temos diversos artigos sobre o mundo do ciclismo, contendo diversas dicas!

Confira também as análises que fizemos sobre os grupos da Shimano: