Se você está procurando um bom produto para melhorar a sua bicicleta de MTB, você já deve ter procurado opções de suspensão para a sua bike. Com certeza, uma boa suspensão poderá trazer uma melhora notável de performance em sua prática.

A suspensão pode te ajudar a atravessar diversos obstáculos, diminuindo e até neutralizando o impacto que você sentiria. Para quem deseja elevar a prática de MTB, seja no cross country ou no freeride, uma boa suspensão se torna indispensável, trazendo mais segurança e conforto ao ciclista.

Se já está em sua busca por uma boa suspensão, você pode já ter encontrado os modelos Judy, da Rock Shox. Hoje falaremos exatamente sobre esses modelos da fabricante, comprada pela SRAM em 2002. Os modelos apresentados aqui são de nível de entrada e intermediário.

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Entendendo melhor a suspensão

Ciclista praticando freeride. Foto de Marc Sendra Martorell, Unsplash.

Primeiramente, vamos falar um pouco sobre a suspensão das bicicletas, para que você entenda melhor o que cada termo quer dizer, e escolher a melhor opção para você. É sabido que as suspensões podem fazer toda a diferença em sua prática de MTB, mas você sabe o porquê disso?

Partes da suspensão

Vamos, antes de mais nada, explicar um pouco sobre a construção de uma suspensão para bicicletas, comentando sobre as suas diferentes partes que compõem a suspensão como um todo.

Começamos com a espiga, a parte que acopla a suspensão ao quadro da bicicleta. Ela possui diversos padrões que podem ser utilizados, mas a maioria segue a medida de 1-1/8″, ou de 1.5″, no padrão cônico. Enquanto modelos mais simples utilizam aço e o padrão de 1-1/8″, os modelos mais avançados costumam utilizar o padrão cônico e materiais como alumínio ou fibra de carbono.

A parte onde a espiga se conecta com o restante da suspensão é chamada de coroa, e normalmente não possui muitas diferenças. Porém, existem tecnologias aplicadas a coroa que fazem com que as suspensões sejam mais rígidas. Assim como as espigas, o material usado pode ser aço, alumínio ou fibra de carbono.

Já o local onde estão os sistemas de amortecimento são chamados de bengalas ou canelas. A canela também pode ser feita de aço ou alumínio; e ainda um outro material, o magnésio, que é outro metal leve e bem resistente.

Por fim, temos o monobloco, que é onde as rodas são encaixadas na parte final da suspensão. É também onde as canelas são encaixadas, além do eixo e da roda dianteira. Ele funciona dando mais rigidez à estrutura e evita que a suspensão se rompa. Boa parte dos modelos mais simples, para amadores, possui o arco na frente, enquanto os modelos mais avançados podem apresentar arco traseiro ou até ambos.

Como a suspensão melhora as bicicletas

A suspensão atua como um amortecedor para a roda da frente, por assim dizer. Porém, ele faz mais do que amortecer impactos, apesar dessa ser, também, uma de suas funções.

Enquanto os amortecedores apenas servem para evitar grandes impactos, a suspensão atua diretamente facilitando a travessia de diversos tipos de terreno. Facilitando o contato da roda com o solo, os obstáculos são atravessados sem dificuldades, oferecendo uma experiência mais confortável ao ciclista.

Atleta praticando downhill. Foto de formulário PxHere.

Além do conforto, o uso da suspensão também garante maior estabilidade para a sua bicicleta, tornando a prática mais segura e trazendo mais confiança para o ciclista. Dessa forma, você se sentirá mais preparado para enfrentar trilhas mais difíceis e saltos mais desafiadores.

Rock Shox Judy

Para quem já é do ciclismo há algum tempo, pode lembrar do modelo RockShox Judy antigo, que revolucionou o mercado de suspensões nos anos 90. O modelo foi o primeiro a apresentar o uso de um cartucho fechado em vez do sistema de banho aberto, que oferece menos peso e uma manutenção menos complicada.

RockShox Judy. Imagem retirada do site da SRAM.

Hoje, a linha possui sua versão mais recente, que carrega, aparentemente, apenas o nome do modelo antigo, pois a sua construção é toda baseada nos modelos mais novos, do topo de linha da marca. A RockShox criou, ainda, três versões desse modelo: um de entrada, mais simples, outro, ainda de entrada, com tecnologias um pouco mais avançadas, e outro intermediário, mais avançado. Esses são, respectivamente: Judy, Judy Silver TK e Judy Gold RL.

RockShox Judy

Primeiramente, falaremos sobre o modelo Judy, o mais simples dos três apresentados pela marca. Possuindo um curso de 80mm, 100mm ou 120mm, ela é feita pensada no cross country. Porém, muitas bikes urbanas acabam utilizando este modelo para oferecer um conforto maior ao ciclista.

RockShox Judy. Imagem retirada do site da SRAM.

A sua espiga pode ser em três tipos: cônica ou em 1-1/8″ de alumínio ou de aço. O modelo comporta aros de 27.5 e de 29 polegadas e pneu com largura de até 62mm. O modelo conta com a tecnologia TurnKey, que oferece amortecimento mesmo com a sua suspensão com a trava acionada, evitando impactos.

RockShox Judy Silver TK

Ainda na linha Judy, a empresa oferece um modelo um pouco mais avançado. O RockShox Judy Silver TK conta, ainda, com a tecnologia TurnKey, impedindo impactos mesmo com a trava acionada. Além disso, o modelo possui curso 100mm, 120mm, 130mm e 80mm. Já a largura máxima do pneu varia conforme os tamanhos: 58, 62 e 81mm.

RockShox Judy Silver TK. Imagem retirada do site da SRAM.

Além da tecnologia TurnKey, o Judy Silver TK também possui as tecnologias Solo Air, Boost e Torque Caps. O solo air é um design que torna mais fácil que o ciclista prepare o seu equipamento para a prática do esporte.

Já o Boost, aumenta o eixo dianteiro e traseiro da bike, promovendo maior estabilidade e rigidez ao manejar a bicicleta. O Torque Caps, por sua vez, é a extensão da área de contato entre o cubo e a saída do garfo, trazendo mais força e rigidez à essa ligação.

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RockShox Judy Gold RL

O último da linha, o Judy Gold RL, é o mais avançado dentre os modelos dessa linha. Possui 3 opções de cursos: 80mm, 100mm ou 120mm; da mesma forma, a largura máxima da roda varia entre 58, 62 e 81mm.

RockShox Judy Gold RL. Imagem retirada do site da SRAM.

O modelo conta com as mesmas tecnologias usadas no Judy Silver TK, exceto a TurnKey. No lugar dessa, é usada a tecnologia Motion Control, que permite o controle da quantidade de óleo que será usado, afetando o quanto os amortecedores serão flexíveis ou rígidos.

Isso permite que o ciclista possa escolher a forma que usará a sua bicicleta, adaptando para o uso em uma descida maior, para uma trilha, ou um terreno menos acidentado.

RockShox Judy, vale a pena?

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os modelos Judy da RockShox/SRAM, você já possui uma base maior para entender as necessidades de sua bicicleta em sua prática. Como já foi dito, as suspensões podem trazer um ganho muito alto de performance e até mesmo segurança, não só para o ciclista, mas para o seu equipamento.

A absorção de impactos, por si só, já é motivo o suficiente para que sejam compradas. Os modelos em questão possuem ótimas tecnologias aplicadas a ele, que podem ser benéficas para diversos tipos de prática de MTB, desde enduro, downhill até uma trilha mais simples. Com três modelos apresentados, cabe a você decidir qual deles é o que mais te atende.

Em questão de custo benefício, o preço da RockShox Judy pode não ser baixo, porém, quando visto pelo lado da tecnologia que possuem, eles fazem com que o investimento valha muito a pena. Além disso, a linha possui três modelos que atendem a objetivos distintos, desde bicicletas mais simples, de entrada, até mais avançadas, com desempenho intermediário.

Duas mulheres pedalando recreativamente em trilha. Foto de formulário PxHere.

Portanto, se você procura por um produto que poderá melhorar o desempenho da sua prática de ciclismo, ou simplesmente proporcionar um conforto e segurança maior em trilhas simples, a RockShox Judy pode ser uma ótima opção para você.

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Esperamos que esse artigo tenha esclarecido suas dúvidas! Não deixe de verificar outros posts em nossa página, onde você poderá encontrar diversos modelos analisados e outros assuntos do ciclismo!

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