Está pensando em investir num canote retrátil para sua bike mas não sabe se vale a pena?

Então você vai gostar das informações que reunimos para você neste artigo e que ajudarão a tirar suas dúvidas dessa peça tão importante para os praticantes de ciclismo e mountain bike (MTB).

O que é canote retrátil?

Vários canotes retráteis no chão - Copyright Andy McCandlish

É uma peça que sustenta o banco da bicicleta e que, ao contrário dos modelos mais antigos que são rígidos, é retrátil. Ou seja, se movimenta para baixo e para cima de maneira mecânica, hidráulica ou eletrônica.

Assim, possibilita que o ciclistas praticantes de MTB se encaixem mais facilmente na bike e possam ter mais conforto ao realizar manobras em terrenos íngremes como montanhas ou pistas de ciclismo com obstáculos.

O tamanho da peça pode variar bastante, sendo as mais comuns de 125 mm, 160 mm e 185 mm. A escolha vai depender da sua altura, assim como o tipo de pedal que a sua bike contém.

Como funciona o canote retrátil?

Um canote retrátil em cima de um tronco de árvore cortado

Essa peça permite que os ciclistas possam abaixar o selim com mais praticidade sem precisar sair da bicicleta, bastando acionar um botão que fica no guidão da bicicleta.

Isso é bem útil durante a prática de ciclismo e MTB, pois proporciona mais segurança e não exige que o esportista tenha que descer da bike para ajustar a altura do canote.

Essa peça pode ser acionada por um sistema mecânico, hidráulico ou eletrônico. Vamos conhecer cada um deles.

Sistema Mecânico

O modelo mais simples do mercado é o mecânico.

Ele funciona da seguinte forma: quando o ciclista se encontra em uma descida, ele aperta a alavanca usando uma das mãos e o canote abaixa com o peso do corpo, tendo uma mola dentro da peça para auxiliar neste ajuste.

É uma boa opção para quem quer um modelo mais barato, já que o canote retrátil hidráulico ou eletrônico costumam ser os mais caros. Por outro lado, por ser mais simples, o sistema mecânico pode necessitar de mais manutenção.

Sistema Hidráulico

Já o sistema mais procurado é o hidráulico. Este sistema proporciona uma experiência bem mais agradável que o mecânico na hora do ajuste, além de maior durabilidade.

Ele possui dois tipos:

Nesse tipo de modelo o canote é acionado por uma alavanca que fica no guidão da bicicleta.

Sistema Eletrônico

O mais avançado de todos os sistemas, o canote retrátil eletrônico não utiliza cabo, sendo wireless.

Esse modelo é acionado por um botão que é instalado no guidão da bicicicleta e que faz com que o canote suba ou desça, tendo uma bateria que auxilia neste ajuste.

Uma das grandes vantagens é a facilidade na instalação, justamente pela ausência de cabos.

Quais as principais vantagens do canote retrátil?

Homem praticando cross country

O canote retrátil oferece várias vantagens para os praticantes de MTB. Vamos conhecê-los.

Aumenta o centro de gravidade da bicicleta e maior manobrabilidade

Homem descendo a trilha de terra, praticando cross country

Essa peça aumenta o centro de gravidade da bike, pois permite que o ciclistas tenham um posicionamento melhor ao acionar o selim.

Assim, ele pode realizar descidas em terrenos irregulares com mais segurança e firmeza, pois quando o esportista abaixa o selim é possível ter mais equilíbrio nas descidas, pelo fato do peso estar mais distribuído por toda a bicicleta, tendo os glúteos encostados no selim – ou muitas vezes sem encostar no selim, com o canote abaixado, tendo maior manobrabilidade na pista – e o ciclista não sendo jogado para frente.

Dá mais firmeza nas subidas

Homem subindo a estrada com a sua road bike

O canote retrátil também auxilia os ciclistas nas subidas em terrenos montanhosos, pois ajuda a dar mais firmeza colocando o ciclista no ângulo perfeito para subidas, o que aumenta o gás de quem está subindo.

E quais são as desvantagens?

Citamos abaixo as duas principais desvantagens: peso e preço.

Peso

Duas pessoas carregando suas bicicletas enquanto estão subindo uma montanha íngreme

O peso de um canote retrátil varia bastante, estando entre 400g e até 1kg, o que pode ser relevante principalmente àqueles que estão buscando maior performance, onde alguns gramas a mais já fazem diferença.

A questão é: vale a pena ter maior manobrabilidade em troca de mais peso? Às vezes vale e às vezes não.

Preço

Homem com algumas notas de dinheiro na mão

O canote retrátil não é um produto barato, custando na faixa dos 2 mil reais, muitas vezes não compensando o investimento para um ciclista amador.

Vale a pena investir no canote retrátil?

Dois ciclistas praticantes de mtb ao lado de um rio

Sim, principalmente àqueles que fazem trilhas com trechos bem técnicos, onde a variação da altura do selim vai ajudar consideravelmente na performance.

O canote te dará mais firmeza em terrenos irregulares, podendo ser usado totalmente estendido ou totalmente abaixado, regulando a altura de acordo com a necessidade.

Este produto te proporcionará maior firmeza e liberdade para movimentar o corpo ao praticar MTB, consequentemente gerando mais segurança.

No entanto, como já citado, o preço desta peça não é muito barato. Por isso é preciso fazer uma pequena reserva financeira para adquirir o seu.

Quer melhorar ainda mais o seu conforto e performance durante as pedaladas? Veja como o bike fit pode te ajudar nisso!

Conclusão

Praticante de MTB parado, com nuvens ao fundo, contemplando a vista.

Como você viu, o canote retrátil é uma peça valiosa para os praticantes de MTB e também para quem curte andar de bike em terrenos íngremes nos finais de semana ou dias de folga.

Ele ajuda o ciclista a permanecer na bicicleta sem precisar ficar descendo e arrumar o canote toda vez que precisar realizar uma descida ou subida.

Isso proporciona mais agilidade na prática do esporte, além de aumentar a segurança, já que evita que durante as descidas o corpo do ciclista fique inclinado para frente, o que evita acidentes.